Líder do Hamas, Ismail HaniyehAFP

Israel cometeu um "erro estratégico" que "custará caro" ao matar o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, disse o ministro das Relações Exteriores iraniano interino, Ali Bagheri, nesta quinta-feira (8) em Jidá, Arábia Saudita, após uma reunião da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI).
Bagheri acusou Israel de querer "estender" o conflito a outros países do Oriente Médio, mas garantiu que Israel "não está em condições" de travar uma guerra contra o Irã.
Teerã multiplica as ameaças de retaliação contra Israel, que não assumiu a responsabilidade pela morte de Haniyeh em 31 de julho.
A reunião de quarta-feira (7) entre chanceleres ou representantes dos 57 membros da OCI terminou com uma declaração que indica Israel como "totalmente responsável" pelo assassinato do líder do Hamas, que vivia no Catar e teve um papel destacado nas negociações para um cessar-fogo em Gaza.
A guerra no território palestino eclodiu após o ataque sem precedentes de 7 de outubro de milicianos do Hamas no sul de Israel, no qual foram mortas 1.198 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Comandos islamistas sequestraram 251 pessoas, das quais 111 ainda estão em cativeiro em Gaza. O Exército acredita que 39 delas morreram.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já deixou 39.677 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governado pelo Hamas.