Índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou com queda de 0,56%AFP

O dólar tinha queda acentuada no exterior no fim da tarde desta terça-feira, 13, com o índice que mede a variação da moeda ante principais pares abaixo de 103 pontos, após o mercado reforçar a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) pode cortar juros em 50 pontos-base em setembro, na sequência de dados abaixo do esperado da inflação ao produtor nos Estados Unidos. O dólar perdeu terreno, sobretudo, para a libra esterlina após queda na taxa de desemprego do Reino Unido.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou com queda de 0,56%, a 102,559 pontos. No fim desta tarde, a libra subia a US$ 1,2871 e o euro avançava a US$ 1,100. A moeda japonesa se apreciava, com o dólar em baixa para 146,78 ienes.
Nesta véspera de divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de julho nos Estados Unidos, o investidores reagiram fortemente ao índice de preços ao produtor (PPI) de julho abaixo do esperado. O dado mais brando do PPI e o mergulho na virada do dia das taxas dos Treasuries pesaram fortemente no dólar, de acordo com o Banco ANZ.
O dólar registrou forte queda ante a libra esterlina na sequência dos dados que mostraram queda na taxa de desemprego do Reino Unido a 4,2% no trimestre até junho. O dados antecedem a divulgação da inflação do Reino Unido, nesta quarta-feira. O euro também resistiu com alta frente ao dólar, diante da análise de que o mercado já precificava a queda na confiança apontada pelo Instituto ZEW divulgado mais cedo.
O iene subiu. Mesmo após os recentes movimentos, a percepção é de que os fundamentos da moeda não mudaram, segundo o Julius Baer. O iene continua a mostrar uma desvantagem ampla de taxa de juros, o que deve ser suficiente para tranquilizar os investidores de que a moeda japonesa continua sendo uma opção de financiamento de carry trade atrativa. A instituição revisou a previsão USD/JPY apenas marginalmente e continua a prever fraqueza renovada do iene. Refletindo os desdobramentos recentes, o Julius Baer elevou apenas ligeiramente a previsão para a cotação do dólar a 157 ienes nos próximos 3 meses e para 160 ienes nos próximos 12 meses.
Pesquisa mensal do Bank of America junto a gestores de fundos revelou que, a despeito do choque de volatilidade do iene, cerca de 63% dos consultados ainda acreditam que a moeda japonesa está subvalorizada, ante um porcentual que era de 72% em julho, de acordo com relatório divulgado hoje pelo banco americano.