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Sobe para 27 o número de mortos na crise pós-eleitoral na Venezuela
Nicolás Maduro foi declarado vencedor de eleição em meio a denúncias de fraude por parte da oposição
O procurador-geral Tarek William Saab anunciou, nesta quinta-feira (22), que foram registradas duas novas mortes relacionadas com fatos violentos na Venezuela, elevando o total de óbitos a 27 desde as disputadas eleições em que o presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor, em meio a denúncias de fraude por parte da oposição.
Trata-se de "dois motorizados", cujas mortes estão sob investigação do Ministério Público, disse Saab à televisão estatal, sem dar mais detalhes.
Nos dias anteriores, o procurador havia responsabilizado a oposição por estas mortes, a maioria ocorrida nos protestos desencadeados contra a reeleição de Maduro em 28 de julho, que também deixaram quase 200 feridos e mais de 2.400 detidos, chamados de "terroristas" pelo governo.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou Maduro como vencedor do pleito, com 52% dos votos contra 43% para seu principal rival, Edmundo González Urrutia, sem apresentar os detalhes do escrutínio, alegando que o sistema de votação foi hackeado.
A oposição, porém, denunciou fraude e afirmou ter provas que comprovam sua vitória.
Os questionamentos levaram Maduro ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), pró-governo, para resolver as denúncias. O tribunal superior respondeu nesta quinta-feira validando sua reeleição para um terceiro mandato de seis anos, até 2031.
Maduro denuncia González Urrutia e a líder da oposição María Corina Machado como arquitetos de uma tentativa de golpe de Estado e solicitou a prisão de ambos, apesar de não existir um mandado de prisão.
O Ministério Público está pronto para "avançar, aprofundar estas investigações", declarou Saab nesta quinta-feira.
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