O magnata britânico da tecnologia, Mike LynchReprodução / Internet

O capitão do iate de luxo que afundou em frente ao litoral da Sicília na semana passada está sendo investigado por homicídio culposo, informou a imprensa italiana nesta segunda-feira (26).
James Cutfield, um neozelandês de 51 anos, foi uma das 15 pessoas que sobreviveram ao naufrágio do "Bayesian" em 19 de agosto, quando morreram sete pessoas, entre elas o magnata britânico da tecnologia Mike Lynch e sua filha.
Os procuradores da ilha italiana anunciaram no sábado que estão investigando "possíveis crimes de naufrágio negligente e homicídio múltiplo por negligência" pelo naufrágio do iate a 700 metros do porto de Porticello, perto de Palermo, após a passagem de uma tromba d'água.
Mas, até agora, os procuradores não indicaram nenhum suspeito e destacaram que a investigação ainda estava em etapas preliminares. Consultada pela AFP na segunda-feira, o Ministério Público não respondeu.
Lynch, de 59 anos, convidou amigos e parentes ao barco para comemorar sua recente absolvição em um caso de fraude nos Estados Unidos, relacionado à venda de sua empresa Autonomy ao grupo Hewlett-Packard (HP), que poderia ter lhe custado anos de prisão.
O veleiro de luxo, de 56 metros de comprimento, foi atingido pela tromba d'água na madrugada e afundou em questão de minutos. O corpo do cozinheiro do iate foi encontrado pouco depois.
Uma grande operação de busca com mergulhadores especializados encontrou na quarta-feira os corpos de quatro amigos de Lynch e, na quinta, o do próprio empresário. Na sexta-feira, os socorristas encontraram o de sua filha, Hannah, de 18 anos.
Esses seis corpos foram encontrados nas cabines mais próximas à superfície, o que leva a crer que se abrigaram ali enquanto tentavam encontrar bolsões de ar. O iate está a 50 metros de profundidade.