Chefe da diplomacia europeia, Josep BorrellAFP
Chefe da diplomacia da UE propõe sanções contra ministros israelenses
Sugestão tem poucas possibilidades de sucesso, em virtude das divisões no bloco europeu sobre esse assunto
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, disse, nesta quinta-feira (29), que instará os Estados do bloco a autorizar sanções contra ministros israelenses acusados de fomentar sentimentos de ódio contra os palestinos.
"Iniciei os procedimentos para pedir aos Estados-membros (...), se considerarem apropriado, incluírem em nossa lista de sanções alguns ministros israelenses (que) estiveram lançando mensagens de ódio inaceitáveis contra os palestinos", disse.
Ao chegar à sede de uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE, em Bruxelas, Borrell acrescentou que vários funcionários de Israel fizeram propostas que vão "claramente contra o direito internacional e são uma incitação para cometer crimes de guerra".
A proposta de sanções de Borrell tem poucas possibilidades de sucesso, em virtude das divisões no bloco europeu sobre esse assunto.
Borrell destacou que nenhuma decisão seria tomada durante a reunião desta quinta.
Hungria, Áustria e República Tcheca estão entre os países da UE que defendem firmemente o direito do Estado de Israel à autodefesa e bloqueiam qualquer tentativa de adotar medidas duras contra o governo israelense.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, lembrou que a UE já adotou sanções contra colonos judeus violentos e que qualquer medida adicional necessitaria de um apoio unânime entre os países da UE.
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse que seu país defende analisar "toda a gama de ações" permitidas pelo Conselho da Associação UE-Israel.
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