Bandeira dos EUA AFP

O Departamento de Estado dos Estados Unidos negou nesta quarta-feira (4) que o cônsul-geral da China em Nova York tenha sido "expulso", como afirmou a governadora do estado, Kathy Hochul, cuja ex-assistente é acusada de atuar como espiã para Pequim.
"Não houve nenhuma medida de expulsão", declarou à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, que acrescentou que a rotação diplomática regular do cônsul Huang Ping ocorreu em agosto.
A governadora Hochul havia dito mais cedo que "foi informada de que o cônsul-geral já não está na missão de Nova York."
"De acordo com o que sabemos, o cônsul-geral chegou ao final de sua rotação prevista em agosto e, portanto, vai se desligar, mas não foi expulso", ressaltou Miller.
Na terça-feira, a procuradoria federal de Nova York anunciou acusações contra uma antiga assistente de Hochul e de seu predecessor, Andrew Cuomo, acusada de trabalhar como agente para a China em troca de milhões de dólares.
A mulher, Linda Sun, supostamente tentou intermediar reuniões entre funcionários chineses e nova-iorquinos, ao mesmo tempo em que trabalhava para frustrar tais encontros com funcionários taiwaneses.
Em troca, Sun supostamente recebeu "substanciais" incentivos financeiros com os quais financiou um estilo de vida luxuoso. Seu marido, Christopher Hu, teria facilitado a transferência de milhões de dólares em comissões ilegais.
O casal se declarou inocente e foi liberado sob fiança, com a condição de não ter contato com nenhuma missão diplomática chinesa.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China declarou nesta quarta-feira que não estava a par da situação de Sun, mas que se opunha a "qualquer associação maliciosa ou difamação contra a China".