Primeira-ministra Giorgia MeloniAFP
Ministro da Cultura da Itália ofereceu renunciar por caso de adultério, Meloni não aceitou
Sangiuliano fez confissões delicadas sobre Maria Rosaria Boccia, jovem que inundou as redes sociais com relatos sobre seu relacionamento com o ministro
O ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, alvo de revelações sobre um relacionamento extraconjugal, anunciou nesta quarta-feira (4) que ofereceu sua renúncia à primeira-ministra Giorgia Meloni, que não a aceitou.
"A primeira coisa que disse [a Meloni] foi que estava disposto a renunciar (...) Ela me disse para continuar", declarou Sangiuliano em uma longa entrevista na noite desta quarta-feira no canal RAI, a televisão pública italiana.
Ele fez confissões delicadas sobre Maria Rosaria Boccia, jovem que inundou as redes sociais com relatos sobre seu relacionamento com o ministro.
"Se tornou um relacionamento sentimental" em maio passado, reconheceu ele, dizendo que o encerrou "no final de julho, início de agosto".
Maria Rosaria Boccia publicou nas redes sociais, no final de agosto, sua suposta nomeação como conselheira do ministro da Cultura para grandes eventos, o que o ministro negou.
Boccia respondeu publicando fotos dela em companhia do ministro em muitos eventos públicos, e-mails, cartões de embarque, entre outros, reproduzidos pela imprensa italiana.
Na entrevista, o ministro, um homem casado, afirmou, com documentos em mãos, que pagou pessoalmente todos os custos relacionados às diversas viagens de Boccia em sua companhia e que nenhum centavo de dinheiro público foi gasto.
"A primeira pessoa a quem devo pedir desculpas, e que é uma pessoa excepcional, é minha esposa", disse ele.
O ministro também pediu desculpas a Giorgia Meloni "pelo constrangimento que causei a ela e ao governo".
Alguns opositores políticos pediram a renúncia de Sangiuliano.
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