O candidato Edmundo Gonzalez e a líder da oposição venezuelana, Maria Corina MachadoAFP

A líder opositora María Corina Machado afirmou que a saída da Venezuela do candidato à presidência Edmundo González Urrutia, que chegou à Espanha neste domingo (8), foi necessária para "preservar sua liberdade e sua vida", em meio a uma "brutal onda de repressão".

"A vida dele corria perigo, e as crescentes ameaças, intimações, mandados de prisão e, inclusive, tentativas de chantagem e coação a que foi submetido demonstram que o regime não tem escrúpulos nem limites em sua obsessão em silenciá-lo e tentar subjugá-lo", escreveu Machado na rede social X.

"Diante da realidade brutal, é necessário para nossa causa preservar sua liberdade, sua integridade e sua vida", completou.
A saída de González Urrutia do país acontece em meio a uma crise iniciada com as eleições presidenciais nas quais Maduro foi oficialmente reeleito para um terceiro mandato de seis anos, apesar das denúncias de fraude apresentadas pela oposição.
Após os contatos entre os dois governos, a "Venezuela concedeu os salvo-condutos apropriados em nome da tranquilidade e da paz política do país", acrescentou.
O avião com o candidato de oposição venezuelano Edmundo González pousou neste domingo na região de Madri, informou o Ministério das Relações Exteriores da Espanha.
"O avião da Força Aérea Espanhola que transporta Edmundo González para a Espanha acaba de pousar na Base Aérea de Torrejón de Ardoz (Madri)", anunciou o ministério em um comunicado que também informa que González viaja com a esposa.