Edmundo González UrrutiaReprodução / Internet
"O avião da Força Aérea Espanhola que transporta Edmundo González para a Espanha acaba de pousar na Base Aérea de Torrejón de Ardoz (Madri)", anunciou o ministério em um comunicado que também informa que González viaja com a esposa.
González, que estava escondido desde 30 de julho, passou um período na embaixada da Holanda em Caracas antes de seguir para a embaixada da Espanha em 5 de setembro, explicou Borrell.
"No dia de hoje, 7 de setembro, saiu do país o cidadão opositor Edmundo González Urrutia, que, depois de se refugiar voluntariamente na embaixada do Reino de Espanha em Caracas há vários dias, solicitou a este governo a tramitação do asilo político", anunciou Delcy Rodríguez nas redes sociais.
O horizonte jurídico de González ficou muito complicado nos últimos dias. A justiça venezuelana, acusada de servir o chavismo, investiga o candidato pela divulgação de cópias das atas de votação em um site que atribui ao opositor a vitória na eleição presidencial.
Um tribunal com jurisdição para casos de terrorismo ordenou sua detenção em 2 de setembro, por investigações de crimes que incluem "desobediência às leis", "conspiração", "usurpação de funções" e “sabotagem", depois que Urrutia não compareceu a três citações judiciais.
O governo afirma que o material é fraudulento e repleto de inconsistências.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou que fará "declarações importantes" em uma entrevista coletiva neste domingo.
Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina rejeitaram o resultado anunciado pelo CNE e pediram uma verificação dos votos.
A proclamação da vitória de Maduro, com 52% dos votos, desencadeou protestos em todo o país que deixaram 27 mortos, 192 feridos e 2.400 detidos.
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