Trump quer que eleitores apresentem prova de cidadania ao se inscreverem para votar em eleições de alcance federalAdam GRAY / AFP
EUA passa por nova ameaça de paralisação antes da eleição
Republicanos estão relutantes em aumentar novamente o limite de gastos orçamentários e pedem maior rigor fiscal
A ameaça de uma paralisação do Estado federal volta a aparecer nos Estados Unidos a dois meses da eleição presidencial, e uma votação prevista para esta quarta-feira (11) no Congresso foi adiada devido à falta de maioria entre os republicanos.
"Trabalharemos nesse assunto durante todo o fim de semana", disse o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, ao anunciar o adiamento da votação.
Muitos republicanos estão relutantes em aumentar novamente o limite de gastos orçamentários e pedem maior rigor fiscal. Assim, Johnson não conseguiu formar uma maioria dentro de seu próprio campo para prorrogar o orçamento atual do governo por mais seis meses.
O orçamento de 2025 precisa ser aprovado até o final de setembro, quando termina o ano fiscal, para garantir o financiamento dos serviços públicos.
Caso contrário, ocorrerá o "shutdown", a suspensão de diversos serviços: milhões de funcionários ficam em desemprego técnico (não perdem seus cargos, mas não podem trabalhar nem receber salário), algumas ajudas alimentares deixam de ser distribuídas, o tráfego aéreo pode ser afetado, os parques federais fechariam, entre outras consequências.
Outro ponto foi adicionado ao projeto de lei orçamentária a pedido de Donald Trump, exigindo que eleitores apresentem prova de cidadania ao se inscreverem para votar em eleições de alcance federal.
"Vou provocar um shutdown do governo em um piscar de olhos (...) se isso não for incluído no projeto de lei", ameaçou o ex-presidente, que tem forte influência sobre os republicanos na Câmara.
O governo se opõe à medida, argumentando que o voto de não-cidadãos já é ilegal e que não há evidências de que imigrantes irregulares estejam participando das eleições.
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