Complexo prisional em Guayaquil, no Equador Reprodução/AFP
Funcionária penitenciária é ferida após novo ataque armado no Equador
Este foi o quarto atentado contra empregados do SNAI, órgão encarregado das prisões no país
Um quarto ataque a tiros em menos de um mês contra empregados do sistema penitenciário do Equador foi registrado nesta quinta-feira (19) em Quito, deixando uma funcionária administrativa ferida, informou o órgão estatal encarregado das prisões (SNAI).
Houve "um ataque armado contra duas pessoas, entre elas, uma funcionária administrativa", comunicou a organização em seu chat de imprensa do WhatsApp.
"Como resultado deste atentado, as pessoas ficaram feridas e foram conduzidas para uma ajuda médica urgente", acrescentou.
O SNAI apontou que a polícia investiga "para esclarecer e determinar os possíveis responsáveis" do ataque contra sua funcionária, a qual não foi identificada.
Desde 31 de agosto, foram registrados quatro ataques com armas contra funcionários do SNAI, deixando quatro mortos: os diretores de duas prisões e dois agentes penitenciários que estavam a caminho do trabalho.
Em 12 de setembro María Daniela Icaza, diretora encarregada da chamada Penitenciária do Litoral do Porto de Guayaquil (sudoeste), a maior prisão do país e um dos cenários de rebeliões e massacres sangrentos de prisioneiros, foi morta a tiros.
Guayaquil é uma das cidades equatorianas mais violentas devido aos ataque de gangues de traficantes que lutam pelas rotas do tráfico de drogas.
O SNAI condenou, nesta quinta-feira, "qualquer ato de violência ou intimidação contra funcionários' da instituição.
O coronel Francisco Hernández, chefe de polícia em Quito, havia dito anteriormente que a vítima era "uma funcionária do Estado que estava encarregada de processos judiciais importantes", embora sem dar mais detalhes.
Confrontos entre prisioneiros membros de gangues rivais deixaram mais de 460 detentos mortos desde 2021 em várias prisões equatorianas, que, após serem convertidas em centros de operações criminosas, estão sob controle militar desde janeiro, quando o presidente Daniel Noboa declarou o país em conflito armado interno diante de um ataque de traficantes de drogas.
O governo também enviou os militares às ruas para neutralizar cerca de 20 organizações que ele rotulou como terroristas e beligerantes.