Primeiro-ministro libanês, Najib MikatiJoseph Eid/AFP
"A agressão persistente de Israel contra o Líbano é uma guerra de extermínio em todos os aspectos, um plano de destruição que pretende pulverizar os vilarejos e cidades libaneses", afirmou Mikati em um comunicado, no qual pede à ONU e aos "países influentes" para "dissuadir a agressão".
Na madrugada deste domingo, o Exército israelense anunciou novos bombardeios contra alvos do movimento islamista no sul do Líbano, depois que esse disparou mais de 100 foguetes contra áreas residenciais do norte de Israel.
"Agora, as tensões estão muito mais altas do que estavam há alguns dias", afirmou John Kirby, porta-voz do governo dos EUA. Mas "ainda acreditamos que pode haver tempo e espaço para uma solução diplomática e estamos trabalhando nisso", acrescentou.
As trocas de tiros na fronteira se multiplicaram desde a onde de explosões contra pagers e walkie-talkies do Hezbollah, atribuídas a Israel, que causaram 39 mortes e 2.931 feridos nos bastiões desse grupo, segundo as autoridades libanesas.
"Estamos trabalhando desde o início do conflito, em 8 de outubro, para tentar evitar uma escalada, evitar que o conflito se estenda ali e ao redor de Israel, mas também para a região", disse o porta-voz da Casa Branca.
Israel incluiu esta semana a fronteira com o Líbano entre seus objetivos de guerra para permitir o retorno dos milhares de habitantes deslocados pela violência.
Uma escalada da guerra "certamente não vai ser o melhor para toda essa gente que o primeiro-ministro (Benjamin) Netanyahu diz que quer enviar de volta para casa", disse Kirby.
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