Chimpanzés do Instituto de Pesquisa Ambiental Bossou Reprodução / Facebook
Chimpanzé mata bebê após pegá-lo do colo da mãe na Guiné
Especialistas argumentam que os primatas estão precisando explorar áreas fora do seu habitat por falta de comida
Um chimpanzé pegou um bebê do braço da mãe enquanto ela trabalhava em um campo de mandioca e o arrastou para a floresta, a cerca de 3 km da reserva natural do Monte Nimba, na Guiné, país do continente africano. O corpo da criança de oito meses foi encontrado horas depois, de acordo com o jornal "The Mirror".
O ataque foi atribuído a Jeje, um primata da região que pertence a um bando conhecido por usar "ferramentas", como pedras utilizadas da mesma forma que martelos, para partir a comida. Testemunhas afirmaram que os macacos podem ter dado golpes violentos no bebê para matá-lo, na última sexta-feira (20).
A morte causou revolta na comunidade local. O sentimento de raiva, no entanto, não foi direcionado aos animais, e sim aos cientistas que os estudam. O Instituto de Pesquisa Ambiental Bossou foi invadido por manifestantes, que levaram o cadáver da criança e destruíram computadores, câmeras e drones.
"Não era a vontade deles [ser violento], mas tornou-se um hábito dos chimpanzés", disse o manifestante Joseph Doré. Ele também afirmou que estes animais e os humanos viviam em paz, antes das chegadas dos estudiosos e das autoridades do governo. Até o momento, seis ataques dos primatas foram identificados na reserva do Monte Nimba em 2024.
O economista local Alidjiou Sylla sugeriu que os macacos estão precisando explorar uma área protegida da floresta por falta de comida em seu habitat, o que os obrigou a ter mais contato com os humanos.
"Eles não temem mais os humanos", disse Gen Yamakoshi, pesquisador-chefe do instituto. "Não está claro se os acidentes são resultado de comida ou nervosismo. É um comportamento semelhante ao modo como os chimpanzés tratam uns aos outros. Se eles estão entusiasmados, não conseguem controlar seu comportamento", explicou ao "The Times".
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