Imagens dos pesquisadores foram exibidas na tela junto da nomeação do prêmioChristine Olsson/AFP
Os pesquisadores, que trabalham nos Estados Unidos, foram premiados "por seus estudos sobre como as instituições são formadas e como afetam a prosperidade", afirmou o júri em seu comunicado.
"Reduzir as enormes diferenças de renda entre países é um dos maiores desafios do nosso tempo. Os vencedores mostraram a importância das instituições para alcançar o objetivo", declarou Jakob Svensson, presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas, citado no comunicado.
"Com o estudo dos diferentes sistemas políticos e econômicos introduzidos pelos colonizadores europeus em todo o mundo, os três acadêmicos demonstraram uma relação entre instituições e prosperidade", destacou o comitê.
Acemoglu, de 57 anos, é professor do prestigioso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), assim como Johnson, 61 anos. Robinson, 64 anos, é professor da Universidade de Chicago.
'Surpreendente e incrível!'
A categoria foi adicionada muito mais tarde aos cinco prêmios tradicionais - Medicina, Física, Química, Literatura e Paz -, o que rendeu o apelido de "falso Nobel".
Em 1968, por ocasião de seu tricentenário, o Banco Central da Suécia, o mais antigo do mundo, criou um prêmio de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel e colocou à disposição da Fundação Nobel uma quantia anual equivalente ao valor dos outros prêmios.
No ano passado, a vencedora foi a americana Claudia Goldin, por seus estudos sobre as mulheres no mercado de trabalho.
Apenas uma mulher premiada
O mais famoso, o Nobel da Paz, foi atribuído à organização japonesa Nihon Hidankyo, que reúne sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki em 1945, "por seus esforços a favor de um mundo sem armas nucleares".
A sul-coreana Han Kang se tornou a primeira asiática a vencer o Prêmio Nobel de Literatura. Também foi a única mulher premiada este ano. O Nobel de Medicina premiou descobertas na compreensão da regulação genética.
O prêmio inclui uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de um milhão de dólares (5,6 milhões de reais na cotação atual).
As condecorações serão entregues em duas cerimônias, em Estocolmo e Oslo, no dia 10 de dezembro, aniversário da morte, em 1896, do cientista e criador do prêmio, Alfred Nobel.
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