Gustavo Petro afirmou que "a segurança da COP16 está garantida"Timothy A. Clary/AFP
No fim de semana, o Exército avançou com veículos blindados sobre um reduto do Estado-Maior Conjunto, a maior dissidência da extinta guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), localizado a cerca de 130 km de Cali, no departamento de Cauca, sudoeste do país.
Em meio a intensos combates que deixaram pelo menos 20 feridos, os guerrilheiros pediram às delegações internacionais que não comparecessem à cúpula das Nações Unidas sobre biodiversidade.
"Com a recente Operação Perseu no Cânion de Micay, avalia-se a possibilidade de represálias por parte dos grupos armados organizados", disse a vice-ministra em entrevista ao jornal El Tiempo.
Policiais americanos
No entanto, a operação militar com veículos blindados no Cânion de Micay desencadeou uma nova onda de violência.
O presidente autorizou bombardeios contra os guerrilheiros, em resposta a um recente ataque dos rebeldes com explosivos lançados por drones que deixou 17 feridos.
Petro "supervisiona desde quinta-feira o esquema" de segurança para a COP16, disse à imprensa em Cali o general William Salamanca, diretor da Polícia Nacional.
Já o prefeito de Cali, Alejandro Eder, anunciou nesta segunda-feira a chegada de uma delegação da polícia de Nova York à cidade.
Bandeiras e rajadas de fuzil
"Desde hoje, somos o epicentro das negociações mais importantes para a conservação do nosso planeta", celebrou Muhamad.
Iván Mordisco, principal comandante rebelde da região, disse em julho que a COP16 fracassaria, mesmo que o governo militarizasse "a cidade com gringos [americanos]".
Mordisco se afastou em abril dos diálogos de paz que o governo mantém com várias facções dissidentes, após descumprir repetidamente as tréguas acordadas com o poder público.
Um posto policial foi alvejado no domingo por dissidentes com rajadas de fuzil no município de Corinto, a cerca de 30 quilômetros de Cali, denunciou a associação de povos indígenas do departamento de Cauca.
O general Salamanca defendeu a Operação Perseu e parabenizou o Exército por ter chegado ao Cânion de Micay, "onde, há mais de 10 anos, não havia presença do Estado, e muito menos da força pública".
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