Patrulha "Libra" da Marinha italiana está com 16 migrantes, todos homens, e chegada é esperada para quarta-feiraAdnan Beci / AFP
Os solicitantes de asilo, dez deles de Bangladesh e seis do Egito, foram resgatados no domingo em águas internacionais pelas autoridades italianas. As duas embarcações nas quais viajavam haviam partido da Líbia, da região de Trípoli, segundo a mesma fonte.
A primeira-ministra de extrema direita Giorgia Meloni assumiu o cargo em outubro de 2022 com a promessa de deter as chegadas de dezenas de milhares de migrantes ao litoral italiano a cada ano a partir do norte da África.
Em novembro do ano passado, Meloni firmou um acordo controverso com seu par albanês, Edi Rama, para que abrigue alguns migrantes enquanto os pedidos de asilo são processados.
Nessa etapa, será analisado quais migrantes procedem de países considerados "seguros", o que permitiria uma repatriação acelerada.
O restante será levado à Albânia para registro e, depois, para um acampamento onde a Itália será responsável pelo que ocorre dentro do recinto e as forças albanesas ficarão a cargo da segurança externa.
Este acordo foi muito criticado por grupos de direitos humanos que questionam se a Albânia - que, ao contrário da Itália, não é membro da União Europeia - pode oferecer proteção suficiente aos solicitantes de asilo.
No ano passado, cerca de 160 mil migrantes chegaram à costa italiana, enquanto em 2022 foram 105 mil, segundo dados do Ministério de Interior italiano. Mas este número caiu significativamente em 2024, com 53.300 chegadas registradas até o momento.
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