Google diz que precisa de fontes de energia limpa e confiável que possam apoiar o desenvolvimento das tecnologiasPixabay
"Acreditamos que a energia nuclear tem um papel crítico para desempenhar no apoio ao nosso crescimento limpo e na entrega dos avanços da IA", disse o diretor sênior de energia e clima da Google durante uma coletiva de imprensa. "A rede precisa desse tipo de fontes de energia limpa e confiável que possam apoiar o desenvolvimento dessas tecnologias."
Nenhum detalhe financeiro foi divulgado.
O primeiro de uma série de pequenos reatores modulares (SMR na sigla em inglês) desenvolvidos pela Kairos como resultado do acordo com a Google deve entrar em operação até o final desta década, segundo as empresas.
Pequenos reatores adicionais devem começar a operar até 2035, gerando um total combinado de 500 megawatts de potência.
Os SMRs são mais compactos e potencialmente mais fáceis de implantar — com grandes investimentos do fundador da Microsoft, Bill Gates, no setor.
A tecnologia, no entanto, ainda está em seu estágio inicial e carece de aprovação regulatória, levando as empresas a buscar opções de energia nuclear já existentes.
"Vemos isso como uma parceria realmente significativa", disse Mike Laufer, cofundador e CEO da Kairos.
Há uma pressão severa devido ao consumo maciço de energia dos data centers, levantando preocupações sobre a estabilidade da rede à medida que as demandas por IA aumentam.
A AWS, da Amazon, concordou em março em investir 650 milhões de dólares (R$ 3,64 bilhões) em um campus de data centers alimentado por outra usina nuclear da Pensilvânia.
A energia nuclear tem opositores ferrenhos devido a preocupações sobre o descarte de resíduos radioativos, o potencial de acidentes catastróficos e os altos custos associados à construção e desativação das usinas.
A Comissão Reguladora Nuclear considerou este o "acidente mais sério na história da operação de usinas nucleares comerciais nos EUA", embora não tenha afetado a saúde dos trabalhadores da usina ou da população.
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