Embarcação da Marinha do MéxicoPatrulla Oceánica de Largo Alcance (POLA)
A droga estava distribuída em seis embarcações de pequeno porte, que foram interceptadas a sudoeste do porto de Lázaro Cárdenas, que fica a oeste. Na ação, 23 tripulantes foram presos.
"Militares da Marinha apreenderam 8.361 quilogramas de carga ilícita, o que representa a maior quantidade de droga apreendida em uma operação marítima, sem precedentes na história", afirmou a Secretaria da Marinha em comunicado.
Também foram apreendidos contêineres com 8,7 mil litros de combustível nas embarcações, outra atividade ilegal controlada pelos cartéis do narcotráfico.
"Os materiais apreendidos representam um impacto de mais de 2 bilhões de pesos (cerca de 594 milhões de reais)", informou o boletim da pasta.
Esta operação na costa do estado de Michoacán é "considerada a maior em termos de apreensões no mar", detalharam as autoridades.
Em anos anteriores, a Marinha fez apreensões de drogas maiores do que essa, mas em terra, durante as operações nos portos do Pacífico, uma das principais rotas do tráfico de drogas.
A ação divulgada na sexta foi realizada "há dias" com uma unidade de superfície apoiada por um helicóptero, informou o comunicado, sem especificar uma data específica.
Operação "complexa"
Foi necessário "realizar uma inserção aérea de um helicóptero sobre uma embarcação enquanto ela estava em pleno movimento", explicou a nota.
Em novembro de 2007, militares da Marinha localizaram um carregamento de 23 toneladas de cocaína proveniente da Colômbia, a maior apreensão de drogas no país.
No dia 23 de agosto, as autoridades relataram a apreensão de 7,2 toneladas de drogas em duas operações distintas realizadas na mesma região.
Os soldados da Marinha, que realizam operações de vigilância de forma permanente, já encontraram carregamentos de drogas de todos os tipos, incluindo um de cocaína misturada com molho picante, em 2017.
O México tem sido uma rota de tráfico de drogas para os Estados Unidos há décadas, gerando disputas entre diferentes grupos de traficantes.
No estado de Michoacán, onde foi realizada a operação, atuam diversas células locais que disputam com o cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG), um dos mais poderosos do país.
Desde 2006, quando foi declarada uma ofensiva antidrogas com participação militar, o México já registrou mais de 450 mil assassinados e cerca de 100 mil desaparecidos, segundo dados oficiais.
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