Cidade de Kryvyi Rih sofre com ataques desde o início da guerra, em 2022Arquivo / Polícia Nacional da Ucrânia / AFP
Bombardeios russos deixam 17 feridos e milhares de lares sem luz na Ucrânia
Ataque foi direcionado ao centro da cidade de Krivyi Rih, no sudeste do país
Bombardeios noturnos russos contra áreas residenciais na Ucrânia, neste domingo (20), deixaram 17 pessoas feridas e milhares de casas sem energia, disse uma fonte oficial ucraniana.
Os feridos foram vítimas do ataque ao centro da cidade de Krivyi Rih, que destruiu parcialmente um edifício administrativo e danificou várias residências e veículos, segundo os serviços de emergência.
A Rússia também atacou uma instalação energética na região de Sumi, no nordeste do país, informou a operadora regional de eletricidade no Telegram, que relatou "mais de 37 mil consumidores" temporariamente privados de eletricidade.
Kiev se prepara para enfrentar o inverno mais rigoroso da guerra, que começou em fevereiro de 2022: Moscou destruiu parte da sua capacidade de produção e continua atacando infraestruturas energéticas. Nos anteriores, milhões de pessoas sofreram cortes frequentes de energia e ficaram sem aquecimento em temperaturas abaixo de zero.
O Ministério da Defesa russo disse ter interceptado 110 drones ucranianos durante a noite em várias regiões, incluindo um sobre Moscou. Destes, 43 foram interceptados na região de Kursk, onde as tropas ucranianas realizam uma ofensiva terrestre desde agosto para tentar desviar as forças de Moscou.
As autoridades da aviação russa também anunciaram o fechamento temporário na manhã deste domingo do aeroporto de Kazan, a cerca de 1.000 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, alegando preocupações com a segurança. Estes tipos de restrições são frequentemente impostos quando são relatados ataques de drones ucranianos.
Kiev disse neste domingo que atacou uma grande fábrica russa de explosivos com drones, a cerca de 750 quilômetros da fronteira. O Exército ucraniano ataca frequentemente o território russo com drones, procurando atingir instalações energéticas e militares que, afirma, são fundamentais para abastecer o Exército de Moscou.
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