Setor universitário liderou meses de protestos, que Ortega chamou de tentativa de golpe apoiada pelos EUAAFP
O grupo "documentou amplas violações contra estudantes, professores e funcionários de universidades", com a intenção de "eliminar a dissidência e a liberdade de expressão", destaca o relatório, divulgado pela ONU.
Estudantes e professores sofreram "violência física e psicológica, incluindo ameaças, intimidação, agressões e isolamento prolongado", desde os protestos de 2018 contra o governo, que deixaram 300 mortos, segundo a ONU.
O setor universitário foi o principal incentivador das manifestações, que duraram meses, e que Ortega considerou uma tentativa de golpe de Estado promovida pelos Estados Unidos. Desde então, o governo "vem atacando diretamente as universidades como parte de uma campanha de repressão generalizada, eliminando sua autonomia e tornando-as centros de controle político", apontou o presidente do grupo de especialistas, Jan Simon.
O grupo de especialistas pediu uma "ação internacional para proteger a integridade" de estudantes, professores e profissionais do setor, frente ao que considera "um padrão de violência e repressão desenhado para abafar" as críticas ao governo.
O painel é um órgão independente, criado em 2022, com mandato do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
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