Ataque deixou 35 mortos na região de ZhuhaiReprodução/X
Poucas horas depois do acidente, imagens de corpos caídos na estrada circularam nas redes sociais, mas na manhã de terça-feira (12) elas haviam desaparecido. A polícia local inicialmente falou apenas de pessoas "feridas".
As autoridades também forçaram a retirada de flores e velas deixadas perto do local da tragédia nesta quarta-feira.
A AFP analisou como a China bloqueou informações sobre o ataque em massa mais importante dos últimos anos no seu território.
'Limpeza' das redes sociais
No Weibo, semelhante à rede social X, fotos ou vídeos sobre o acidente desapareceram rapidamente. O mesmo aconteceu com as postagens no Xiaohongshu, o equivalente chinês do Instagram.
24 horas depois
O acidente ocorreu um dia antes do maior salão aeronáutico da China, que acontece em Zhuhai, evento emblemático promovido durante semanas pela mídia estatal, sob estrito controle das autoridades.
A versão oficial
O Diário do Povo apenas mencionou em um pequeno texto na primeira página as instruções do presidente chinês, Xi Jinping, para tratar os moradores feridos e punir o autor do crime.
Na terça-feira, o Xinwen Lianbo, noticiário noturno do canal de televisão CCTV, dedicou cerca de um minuto e meio às instruções de Xi Jinping, sem exibir imagens.
'Ordens de cima'
Alguns agentes de limpeza disseram à AFP que receberam "ordens de cima". A polícia e os agentes de segurança também impediram algumas pessoas de gravar vídeos.
Controle da informação
Em 2008, as autoridades tentaram reprimir informações sobre o leite contaminado que envenenou quase 300 mil crianças poucos dias antes dos Jogos Olímpicos de Pequim.
Em 2019, as autoridades atrasaram a resposta à covid-19 e penalizaram as autoridades de saúde locais que alertaram que o coronavírus estava se espalhando rapidamente.
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