Presidente do México, Claudia SheinbaumAFP
"Presidente Trump, não é com ameaças ou tarifas que você vai parar o fenômeno da imigração, nem o consumo de drogas nos Estados Unidos", disse a presidente de esquerda ao ler uma carta que enviará nesta terça-feira ao presidente eleito e na qual também propõe iniciar um diálogo.
Em sua rede Truth Social, ele deixou claro que não haverá carência, mas que as medidas começarão assim que retornar à Casa Branca, no dia 20 de janeiro.
Sheinbaum insiste na carta que "cooperação e compreensão recíproca" são necessárias para resolver tais problemas e explica que a aplicação de uma tarifa forçaria o México a responder da mesma forma "até colocarmos em risco negócios comuns".
Como exemplo, cita os casos de montadoras como General Motors, Stellantis e Ford, que operam no México há 80 anos e cuja atividade beneficia os dois países.
"Por que lançar um imposto que as coloca em risco? Não é aceitável e causaria inflação e perda de empregos nos Estados Unidos e no México", acrescenta a presidente mexicana na carta.
Ela argumenta que a força econômica da América do Norte reside na "manutenção da nossa parceria comercial" e que o diálogo é o melhor caminho para o entendimento entre os dois países. "Espero que nossas equipes possam se encontrar em breve", acrescenta.
"Vamos enviar esta carta hoje (terça-feira) e, como podem ver, estamos propondo um diálogo com a equipe do presidente Trump", acrescentou Sheinbaum durante a sua habitual coletiva de imprensa matinal.
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