Síria era o elo geográfico chave para o fluxo de armas e outros materiais por terra do Irã para o grupo Hezbollah, no LíbanoMohammed Huwais/AFP
Queda de Assad cortou linha de suprimentos essencial do Irã, diz Hezbollah
Grupo militante reconheceu publicamente pela primeira vez como a queda do governo sírio prejudicou sua capacidade de se rearmar
O Hezbollah perdeu sua rota de suprimentos mais importante do Irã através da Síria, disse o chefe da milícia libanesa, Naim Qassem. Esta é a primeira vez que o grupo militante reconheceu publicamente como a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria prejudicou a capacidade do grupo de se rearmar, após uma dura campanha de ataques israelenses.
"Sim, o Hezbollah perdeu nesta fase sua linha de suprimento militar através da Síria, mas esta perda é meramente um detalhe no panorama da resistência", disse Naim, em seus primeiros comentários públicos desde que Assad foi derrubado. "A linha de suprimento pode voltar normalmente com o novo regime, e podemos sempre procurar outras maneiras, a resistência é flexível e pode se adaptar", acrescentou.
O governo Assad era o aliado estatal mais importante para a aliança do Irã com milícias regionais e entidades políticas em todo o Oriente Médio, que inclui o Hezbollah.
A Síria também era o elo geográfico chave permitindo que o fluxo de armas e outros materiais se movessem por terra do Irã para o Líbano, onde o Hezbollah projetou a frente do Irã contra seu arqui-inimigo comum, Israel.
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