A guerra entre a Rússia e a Ucrânia já deixou milhares de mortosAFP
Ucrânia relata ao menos 30 soldados norte-coreanos mortos ou feridos na região russa de Kursk
Território está parcialmente ocupado pelas forças ucranianas
A Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (16) que suas tropas mataram ou feriram 30 soldados norte-coreanos mobilizados no oeste da Rússia, na região de Kursk, onde as forças ucranianas tomaram importantes faixas do território.
Milhares de soldados norte-coreanos reforçaram as tropas russas contra a Ucrânia, também na região fronteiriça de Kursk, onde as forças de Moscou enfrentam, há alguns meses, uma ofensiva surpresa de Kiev.
"Nos dias 14 e 15 de dezembro, unidades do Exército da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) sofreram perdas consideráveis perto das localidades de Plekhovo, Vorozhba e Martinovka, na região russa de Kursk", afirmou o Serviço de Inteligência Militar (GUR) ucraniano no Telegram.
"Ao menos 30 soldados morreram ou ficaram feridos", segundo o GUR.
A região russa de Kursk está parcialmente ocupada pelas forças ucranianas, que avançaram em uma ofensiva em agosto para lutar contra a invasão russa que começou em fevereiro de 2022.
As potências ocidentais afirmam que milhares de soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia nas últimas semanas para ajudar as tropas do Kremlin, depois que Moscou e Pyongyang intensificaram os vínculos de defesa desde o início do conflito.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou no sábado que a Rússia começou a enviar soldados norte-coreanos em operações contra posições ucranianas na região de Kursk.
Ele disse que os russos começaram a mobilizar uma quantidade significativa de "soldados norte-coreanos em ataques" em Kursk.
Zelensky afirmou ter informações de que as tropas norte-coreanas podem ser "utilizadas em outras partes da frente" de batalha e que os contingentes sofreram "baixas importantes".
Uma fonte do Exército ucraniano disse à AFP em novembro que Kiev controla 800 km2 de território nesta região russa, contra o máximo de 1.400 km2 que afirma já ter controlado.