Pequim implementou várias medidas de estímulo fiscal nos últimos mesesADEK BERRY/AFP
A economia chinesa enfrenta uma deflação provocada por uma grave crise imobiliária e por níveis de consumo abaixo dos registrados antes da pandemia.
Pequim implementou várias medidas de estímulo fiscal nos últimos meses, destacando-se a redução das taxas de juros e o aumento do limite de endividamento dos governos locais.
No entanto, especialistas apontam que serão necessárias medidas mais diretas para manter o crescimento econômico.
Em seu discurso de Ano Novo, Xi Jinping afirmou que a economia chinesa está sob "pressões" para "se transformar" e passar de "antigas alavancas de crescimento para outras novas", e que o país enfrenta "um ambiente externo incerto".
Os números oficiais de crescimento econômico serão divulgados em janeiro.
Xi deu estas declarações após a publicação do índice mensal da atividade industrial chinesa, que subiu pelo terceiro mês consecutivo.
Os pedidos de exportação atingiram seu nível mais alto nos últimos quatro meses, "provavelmente devido ao aumento dos pedidos de importadores americanos que antecipam possíveis tarifas impostas por Donald Trump", apontou Gabriel Ng, da consultoria Capital Economics.
O presidente eleito dos Estados Unidos, que assumirá o cargo no próximo dia 20 de janeiro, prometeu reforçar as tarifas sobre as importações chinesas.
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