Machado afirma que a reeleição de Maduro foi uma fraude e garante que Urrutia venceu as eleiçõesAFP
Os opositores venezuelanos María Corina Machado e Edmundo González Urrutia pediram aos seus concidadãos que se manifestassem em janeiro, ao considerar que Maduro deve tomar posse no dia 10.
Machado afirma que a reeleição de Maduro foi uma fraude e garante que foi González Urrutia quem venceu as eleições presidenciais de 28 de julho.
"Fazemos um forte apelo às autoridades para que os direitos de manifestação e de se expressar livremente possam ser exercidos sem medo de possíveis represálias", afirmou a presidente do grupo de especialistas, Marta Valiñas, no comunicado.
Valiñas insistiu que "toda conduta que viole direitos deve ser investigada prontamente, de maneira exaustiva e imparcial, e julgada por tribunais independentes com total respeito pelo devido processo".
Apenas um pequeno grupo de países, entre eles Rússia, reconheceu as contestadas eleições de julho.
A proclamação da vitória de Nicolás Maduro gerou protestos e confrontos com as forças de segurança, que deixaram 28 mortos e cerca de 200 feridos.
Mais de 2.400 pessoas foram detidas nos protestos pós-eleitorais, acusadas principalmente de terrorismo e incitação ao ódio, e presas em centros de alta segurança.
A ONU ampliou o seu monitoramento da situação na Venezuela em setembro de 2019, depois que o Conselho de Direitos Humanos criou este grupo de especialistas, denominado Missão Internacional Independente de Verificação de Fatos sobre a Venezuela.
"O aparelho repressivo continua totalmente operacional", disse um dos especialistas, Francisco Cox, no comunicado desta quinta-feira.
"Entre agosto e dezembro de 2024, as autoridades detiveram pelo menos 56 ativistas de partidos da oposição, 10 jornalistas e uma defensora dos direitos humanos", disse. "Tanto aqueles que ordenam detenções arbitrárias e a imposição de tortura ou outros maus-tratos, como aqueles que os executam, são responsáveis criminalmente de forma individual", afirmou.
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