399 soldados morreram no território palestino desde o início da ofensiva israelenseAFP
A associação “Pais de Soldados Gritam ‘Basta’” reúne mais de 800 pais de militares, recrutas ou reservistas que servem em unidades de combate em Gaza, alguns praticamente sem descanso desde o começo da guerra, iniciada há mais de um ano.
Netanyahu vem recebendo críticas há meses por supostamente prolongar o conflito contra o Hamas por razões políticas. A guerra foi iniciada em resposta ao ataque letal e sem precedentes do movimento islamista palestino em 7 de outubro de 2023.
O grupo expressou essa crítica em uma carta dirigida ao primeiro-ministro. A AFP obteve uma cópia do documento.
"O acusamos de conduzir uma guerra sem horizonte, inédita na história do nosso país. E isso apenas em função do interesse de sua sobrevivência política pessoal", declara o coletivo.
Os pais dos soldados acreditam que "todos sabem, inclusive eles [os soldados], que a guerra está sendo prolongada sem um objetivo e que os reféns só serão libertados como parte de um acordo", atualmente em negociação no Catar, um dos três países mediadores, junto com os Estados Unidos e o Egito.
"O exército israelense não tem qualquer razão para permanecer em Gaza, a não ser para satisfazer desejos messiânicos de se estabelecer lá", acrescenta o grupo.
"Não podemos permitir que continue sacrificando nossos filhos como carne de canhão", concluem os pais dos soldados.
O gabinete de Netanyahu ainda não comentou a carta.
399 soldados morreram no território palestino desde o início da ofensiva israelense.
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