Trump declarou emergência nacional na fronteira com o MéxicoAnna Moneymaker/AFP
"Interrompemos isso. Hoje assinamos uma ordem executiva no Departamento de Segurança Interna", o DHS, estipulando que "não íamos seguir com o que ele fez para amarrar nossas mãos", declarou à Fox News a secretária dessa pasta, Kristi Noem, referindo-se ao seu antecessor, Alejandro Mayorkas.
"Supunha que eles poderiam ficar aqui e violar nossas leis por mais 18 meses", acusou.
No dia 10 de janeiro, a administração democrata prolongou o TPS por 18 meses para os venezuelanos, de 3 de abril de 2025 a 2 de outubro de 2026, "devido à grave emergência humanitária que o país continua enfrentando devido às crises políticas e econômicas sob o regime desumano do presidente Nicolás Maduro".
De acordo com o Pew Research Center, havia 1,2 milhão de pessoas elegíveis para o TPS ou que já haviam se beneficiado do programa até março de 2024, sendo os venezuelanos o grupo mais numeroso.
Assim que assumiu o cargo, há pouco mais de uma semana, Trump declarou emergência nacional na fronteira com o México e começou a destruir o legado de Biden em todos os setores com uma série de decretos.
O republicano acabou com a permissão de permanência temporária concedida a migrantes de Venezuela, Cuba, Haiti e Nicarágua que tenham um patrocinador nos Estados Unidos, além de desativar o aplicativo CBP One, que permitia agendar uma entrevista com as autoridades para entrar legalmente.
Trump também reativou o programa "Fique no México", implementado em seu primeiro mandato (2017-2021), no âmbito do qual os migrantes aguardam o desfecho do processo migratório do outro lado da fronteira.
Muitos desses migrantes são latino-americanos que fugiram da pobreza e da violência.
As organizações de defesa dos migrantes e os democratas protestaram, mas Noem os acusa de querer proteger as gangues.
"Estão completamente desconectados das pessoas de suas cidades e comunidades", afirmou à Fox.
"O que esses líderes democratas estão dizendo é 'queremos proteger os cartéis, queremos proteger as gangues, queremos garantir que as pessoas continuem morrendo por armas, violência e drogas'", declarou, em linha com a retórica anti-imigração que caracterizou toda a campanha eleitoral de Trump.
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