Com a remoção da vegetação natural, os arqueólogos encontraram as paredes de pedra do edifícioReprodução / X / Zona Arqueológica Caral

Arqueólogos encontraram uma pirâmide no sítio arqueológico de Chupacigarro, ao norte de Lima, nas proximidades de Caral, considerada o berço da civilização mais antiga da América, com cerca de 5.000 anos. A estrutura estava oculta por árvores secas e vegetação densa, sendo visível apenas de um ponto específico.
Com a remoção da vegetação natural, os arqueólogos encontraram as paredes de pedra do edifício, que formam pelo menos três plataformas sobrepostas. Entre os elementos, destacam-se as "huancas", grandes pedras colocadas verticalmente, com funções estruturais e cerimoniais.
O Ministério da Cultura do Peru esclareceu as circunstâncias ao anunciar a descoberta. "As recentes explorações arqueológicas permitiram identificar este novo edifício, que estava coberto por um pequeno conjunto de árvores secas e vegetação. Ao remover esses arbustos, foram revelados os muros de pedras que formam, pelo menos, três plataformas sobrepostas", explicou um comunicado do Ministério da Cultura.
Entre os elementos mais impactantes do sítio, destaca-se um geoglifo de 62,1 metros de comprimento, representando uma cabeça de perfil no estilo Sechín, uma cultura datada do século IV a.C. A imagem, visível apenas a partir de um ponto específico da antiga cidade, revela o avançado conhecimento espacial dos habitantes de Chupacigarro.
Importância histórica
Segundo o Ministério da Cultura, a descoberta permitirá uma compreensão mais ampla do traçado urbano de Chupacigarro. 
"O assentamento não era visível do vale, o que sugere que fazia parte de uma extensão da Cidade Sagrada de Caral, possivelmente com uma função mais privada ou religiosa", ressaltou o Ministério da Cultura.
Chupacigarro, junto com a Cidade Sagrada de Caral, integra um complexo de sítios arqueológicos no vale de Supe, relacionados à antiga civilização de Caral.