Donald Trump é muito atuante na guerra entre Israel e HamasAndrew Harnik/AFP
Para o chefe de Estado americano, Israel deveria "cancelar" o acordo de cessar-fogo com o movimento islamista palestino se esse prazo não for cumprido.
"No que diz respeito a mim, se todos os reféns não forem devolvidos antes de sábado às 12h em ponto — acho que é uma hora apropriada — diria que o cancelem, não se admitem mais apostas e que se desate o inferno", disse Trump.
O republicano acrescentou que "todos" os reféns restantes deveriam ser libertados, "não pouco ou pouco, não dois e um, e três e quatro e dois". "Queremos eles todos de volta", insistiu.
Trump disse que provavelmente falaria com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre este prazo. Ele não entrou em detalhes sobre o que quis dizer com "inferno". "O Hamas vai se inteirar do que quero dizer", comentou.
Ao ser questionado se descartava uma possível participação das forças americanas, Trump respondeu: "Vamos ver o que acontece."
Resposta israelense
"O anúncio do Hamas sobre a interrupção da libertação dos reféns israelenses constitui uma violação total do acordo de cessar-fogo e de libertação dos reféns", e o exército recebeu a ordem de "se preparar para todos os cenários", declarou Katz em um comunicado.
O Hamas havia anunciado anteriormente o adiamento indefinido da próxima libertação de reféns, acusando Israel de descumprir compromissos.
"A libertação de prisioneiros (reféns israelenses), que estava programada para o próximo sábado, 15 de fevereiro de 2025, será adiada até novo aviso, dependendo do cumprimento do acordado sobre a ocupação e dos compromissos retroativos das semanas passadas", disse Abu Obeida, porta-voz do braço armado do grupo, as Brigadas Al Qassam, em um comunicado.
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