Conta de Kanye West na plataforma X foi desativada após série de postagens racistas e antissemitasAFP

Kanye West foi processado por uma ex-funcionária da Yeezy, sua marca, após o cantor fazer declarações nazistas. A autora do processo é judia e trabalhou como especialista de marketing para o artista. Ela busca uma indenização por danos emocionais e assédio moral.
A mulher afirma ter sido vítima de intimidações constantes, ameaças e insultos por parte do cantor. As informações são do TMZ.
Nos documentos obtidos pelo site, a mulher relembra abusos verbais sofridos, em que West teria feito afirmações como: "Bem-vindos ao primeiro dia de trabalho para Hitler". A mensagem foi enviada em um grupo com ela e mais um funcionário judeu.
Ela também afirma que sugeriu que ele emitisse uma declaração condenando o nazismo após as polêmicas envolvendo seu álbum Vultures Vol.1 em 2024. No entanto, o cantor teria respondido: "Eu sou um nazista".
Ainda de acordo com o TMZ, a ex-funcionária da Yeezy era frequentemente humilhada por Kanye West. Ela foi chamada de "sociopata sem coração" pelo cantor, que também disse frases como: "Salve Hitler", "Você é feia para caramba", "Sua estúpida e cafona" e "F...-se, sua v***."
A mulher chegou a reclamar do comportamento do cantor a seu gerente, mas foi demitida imediatamente após a denúncia. Depois disso, o Kanye West ainda a desafiou a processá-lo.
A conta de Kanye West na plataforma X foi desativada após uma série de postagens racistas e antissemitas feitas pelo rapper nos últimos dias. Entre os comentários, West declarou "Eu sou nazista" e chegou a elogiar Hitler, afirmando que o ditador era "moderno".
As declarações foram amplamente condenadas por organizações como a Liga Antidifamação (ADL) e o Comitê Judeu Americano, além de receberem críticas de celebridades, como o ator David Schwimmer, famoso por seu papel como Ross Geller em Friends, que pediu a Elon Musk a remoção do rapper da rede social.
"Não podemos impedir um fanático de espalhar seu ódio ignorante. . mas podemos parar de dar um megafone para ele, Sr. Musk", escreveu Schwimmer em seu Instagram antes da desativação da conta de West. O ator alertou sobre a influência do rapper, destacando que seus 32,7 milhões de seguidores representam o dobro da população judaica mundial e que discursos de ódio têm consequências reais.
Não se sabe se a desativação da conta foi uma decisão voluntária do artista ou se ele foi removido pela própria plataforma. Além das postagens antissemitas, o rapper também usou o X para defender Sean "Diddy" Combs e fazer declarações polêmicas sobre sua esposa, Bianca Censori.
Durante sua série de publicações, West escreveu que "adora quando judeus dizem que não podem trabalhar com ele" e afirmou que "nunca vai se desculpar" pelos comentários antissemitas.
Não foi a primeira vez que West fez declarações do tipo
Em 2022, Kanye foi restrito no X (então Twitter) após publicar que daria um "golpe mortal 3" contra judeus, uma possível referência a um termo militar dos EUA para prontidão aumentada diante de uma ameaça. As declarações geraram uma grande reação negativa e levaram empresas como a Adidas a encerrar parcerias com ele. O Twitter a suspender a conta do rapper na época.