Czar da fronteira da Casa Branca, Tom HomanAFP

O czar da fronteira de Donald Trump, Tom Homan, atacou o papa Francisco nesta terça-feira (11) depois que o pontífice chamou as deportações de migrantes nos Estados Unidos de uma "importante crise".

"Quero que ele se concentre na Igreja Católica, conserte isso e deixe a vigilância da fronteira conosco", disse Homan a repórteres na Casa Branca quando questionado sobre os comentários do papa Francisco.
m uma carta dirigida aos arcebispos dos Estados Unidos e publicada pelo Vaticano, o jesuíta argentino pediu que eles "não cedam às narrativas que discriminam e causam sofrimento desnecessário aos nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados".

O pontífice de 88 anos tem defendido repetidamente os direitos dos migrantes durante seus 10 anos como chefe da Igreja Católica.

"Acompanhei de perto a importante crise que está ocorrendo nos Estados Unidos em relação ao início de um programa de deportações em massa", escreveu na carta.

No documento, o papa reconhece "o direito de uma nação de se defender e manter suas comunidades seguras daqueles que cometeram crimes violentos ou graves enquanto estavam no país ou antes de chegarem".

Mas alerta que a deportação de "pessoas que em muitos casos deixaram sua própria terra por motivos de pobreza extrema, insegurança, exploração, perseguição ou pela grave deterioração do meio ambiente, atenta contra a dignidade de muitos homens e mulheres, de famílias inteiras, e os coloca em um estado de especial vulnerabilidade e falta de proteção".