Sigmon foi condenado pelo assassinato dos pais de ex-namorada com taco de beisebol, antes de tentar sequestrá-laDepartamento Prisional da Carolina do Sul / AP

Brad Sigmon, de 67 anos, foi executado por um pelotão de fuzilamento nesta sexta-feira, 7, na Carolina do Sul, marcando a primeira execução por esse método nos Estados Unidos em 15 anos. Ele foi condenado em 2002 pelo assassinato dos pais de sua ex-namorada com um taco de beisebol, antes de tentar sequestrá-la.
Em sua declaração final, lida pelo advogado Gerald King, Sigmon enviou uma mensagem de amor e fez um apelo emocionado aos "companheiros cristãos" para que "ajudem a acabar com a pena de morte". Pouco depois, um capuz foi colocado sobre sua cabeça, e três voluntários do Departamento Correcional efetuaram os disparos simultaneamente, a cerca de cinco metros de distância. Sigmon foi declarado morto às 18h08, três minutos após o início da execução.

Testemunhas descreveram a cena como "um único som" ao ouvirem os tiros. O condenado estava amarrado a uma cadeira, com um alvo vermelho sobre o coração, em uma sala equipada com vidro à prova de balas para proteger as testemunhas.

A execução de Sigmon foi a sexta nos Estados Unidos em 2025 e a primeira por fuzilamento desde 2010. A Carolina do Sul permite que os condenados escolham entre a cadeira elétrica, o fuzilamento ou a injeção letal. Sigmon optou pelo fuzilamento, uma decisão que seus advogados atribuíram ao desespero diante das "alternativas monstruosas" disponíveis.

Gerald King criticou a "escolha impossível" oferecida ao condenado, entre métodos que considerou igualmente cruéis. Ele destacou que a execução por fuzilamento é um método raro, sendo apenas a quarta vez em 65 anos que esse método é utilizado no país.

A pena de morte continua a dividir opiniões nos Estados Unidos, com 23 dos 50 estados já tendo abolido a prática. A execução de Sigmon reacendeu o debate sobre os métodos de execução e a humanidade da pena capital.