Os cientistas americanos Mary E. Brunkow e Fred Ramsdell, e o japonês Shimon Sakaguchi, ganharam o Prêmio Nobel de Medicina por suas pesquisas sobre como o corpo controla o sistema imunológico, anunciou o júri nesta segunda-feira (6).
Eles dividirão a premiação de 11 milhões de coroas suecas (R$ 6,2 milhões) concedido pela Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska, da Suécia. Além de ganharem uma medalha de ouro e diplomas. Os três foram contemplados por suas "descobertas sobre a tolerância imunológica periférica".
"O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina deste ano trata sobre como controlamos nosso sistema imunológico para que possa combater todos os micróbios imagináveis sem desencadear doenças autoimunes", explicou Marie Wahren-Herlenius, professora do Instituto Karolinska.
O sistema imunológico protege o corpo do ser humano de milhares de vírus, bactérias, além de outros microrganismos que tentam invadi-lo diariamente. No entanto, para que funcione corretamente, é necessário que seja regulado, caso contrário, corre o risco de atacar nossos próprios órgãos - o que dá origem às chamadas doenças autoimunes, destacou o Comitê do Nobel.
As descobertas identificaram as chamadas células T reguladoras, que funcionam como “guardiãs” do sistema imune, impedindo que linfócitos ataquem órgãos e tecidos saudáveis. Desse modo, a pesquisa revelou como o sistema imunológico é mantido sob controle e os motivos que fazem ele não destruir o próprio organismo.
"Suas descobertas lançaram as bases para um novo campo de pesquisa e estimularam o desenvolvimento de novos tratamentos, por exemplo, para câncer e doenças autoimunes", explicou o júri.
Em 2024, o Prêmio Nobel de Medicina foi concedido aos pesquisadores americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun pela descoberta dos microRNAs, moléculas microscópicas de RNA que desempenham um papel fundamental na regulação da atividade genética.
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