Maduro durante um ato alusivo à descoberta da América, celebrado na Venezuela como o "Dia da Resistência Indígena"Federico Parra/AFP
A opositora, acusada por Maduro de pedir uma invasão estrangeira, recebeu o anúncio do Nobel "por sua incansável luta pela democracia na Venezuela".
"Noventa por cento da população repudia a bruxa demoníaca da Sayona", disse Maduro sem mencioná-la diretamente e sem citar o prêmio.
O governo costuma se referir a Machado como "a Sayona", em alusão a uma figura do folclore venezuelano que, assim como a dirigente, é de pele clara e tem cabelos negros e lisos.
"Nós queremos paz, e teremos paz — mas uma paz com liberdade, com soberania", acrescentou Maduro durante um ato alusivo à descoberta da América, celebrado na Venezuela como o "Dia da Resistência Indígena".
Machado apoia as manobras militares dos Estados Unidos no Caribe e dedicou o Nobel "ao povo sofredor da Venezuela" e ao presidente americano, Donald Trump, que também estava entre os indicados ao prêmio.
A Casa Branca afirmou na sexta-feira que o comitê do Nobel "demonstrou que coloca a política acima da paz" ao não conceder o prêmio ao líder republicano.

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