Presidente russo, Vladimir PutinAFP
No último domingo (26), o líder russo tinha comemorado o teste final bem-sucedido com um míssil de cruzeiro de propulsão nuclear Burevestnik, de "alcance ilimitado" e capaz, segundo ele, de escapar de praticamente todos os sistemas de interceptação.
"Ontem foi realizado outro teste com outro sistema promissor: o dispositivo submarino não tripulado 'Poseidon', também equipado com uma unidade de energia nuclear", disse Putin.
"Não há forma de interceptar" o drone e "nenhum outro aparelho no mundo é igual a este por sua velocidade e a profundidade em que opera", afirmou o chefe do Kremlin.
Trump, que criticou Putin pelo teste, anunciou na quarta a retomada dos testes nucleares norte-americanos. "Por causa dos programas de testes de outros países, instrui o Departamento da Guerra a iniciar testes com nossas armas nucleares em igualdade de condições", escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.
Projetado como um drone submarino de dissuasão nuclear, o 'Poseidon' seria capaz de se deslocar a mais de um quilômetro de profundidade, a uma velocidade entre 60 e 70 nós, permanecendo invisível para os sistemas de detecção, segundo uma fonte do complexo militar-industrial russo citada pela agência oficial de notícias TASS.
Putin havia revelado em 2018 o desenvolvimento, por parte do Exército russo, de armas ultramodernas — entre elas os mísseis Burevestnik e os drones Poseidon — destinadas, segundo Moscou, a enfrentar as ameaças dos Estados Unidos.

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