Hospital de OldhamReprodução / Google Street View

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O Dia
Um jovem de 10 anos foi diagnosticado com escorbuto, uma doença rara e comum no século 18, causada por grave deficiência de vitamina C, em Manchester, Inglaterra. Médicos internaram o garoto com desnutrição e anemia, de acordo com o "Manchester Evening News", em reportagem desta segunda-feira (11).
Segundo a matéria, o menino é descrito como "encantador e muito simpático". No entanto, seu estado de saúde deteriorou entre janeiro e fevereiro de 2023. Os funcionários da sua escola alertaram os serviços sociais 38 vezes sobre a "rápida perda de peso" dele. Em uma ocasião, a lancheira do garoto tinha apenas um pão mofado e água.
Ele sofria dores extremas devido à falta de nutrientes, que o deixava com dificuldade para andar. Apesar disso, em uma ocasião, seus pais, usuários de drogas, o obrigaram a caminhar de volta ao colégio após uma consulta médica. O menino, desesperado, parou um carro para pedir carona, colocando-se em grande risco, aponta o relatório das autoridades sobre o caso.
O menino foi duas vezes ao pronto-socorro e teve uma consulta com um clínico geral, mas os médicos não detectaram seus problemas de saúde mais graves. Ele acabou sendo internado em um hospital pediátrico por meio da enfermeira escolar.
Na época da sua piora, ele estava sob ordem de acolhimento, ou seja, o Conselho Tutelar da região era parcialmente responsável pelos cuidados do garoto, mesmo com ele ainda morando junto à família.
"[O jovem] vinha dizendo aos profissionais da escola, havia algum tempo, que se sentia mal e infeliz. Diferentemente de outros casos no país, houve oportunidades regulares de cooperação interinstitucional nos 12 meses anteriores ao incidente, que poderiam e deveriam ter permitido uma investigação mais cuidadosa das preocupações de todos os órgãos envolvidos", aponta o relatório.
Os doutores trataram a doença assim que realizaram o diagnóstico. O vereador Shaid Mushtaq, membro do Gabinete Municipal para Crianças e Jovens, lamentou o caso. "As revisões de proteção deixam claro que, embora houvesse profissionais dedicados e cuidadosos, também houve áreas em que poderíamos ter agido melhor. Levamos essas conclusões extremamente a sério e já implementamos as lições aprendidas", disse.