Pré-candidato à presidência do Peru foi atacado próximo a uma residência familiar em Cerro Azul, perto da costa do paísReprodução/X
O veículo de Belaúnde, líder do Partido Liberdade Popular, recebeu vários disparos efetuados por indivíduos em uma motocicleta. "Dispararam contra o veículo e contra ele", declarou à imprensa o chefe da polícia peruana, general Óscar Arriola. O ataque não resultou em feridos por bala.
"Ele está ileso. Os criminosos não conseguiram atingir seu objetivo", destacou o ex-ministro Pedro Cateriano, fundador do Liberdade Popular, em declarações à rádio RPP.
Nas redes sociais e na mídia, viralizou uma imagem de Belaúnde com traços de sangue no rosto e em sua camisa branca. A caminhonete era conduzida pelo político, confirmou o general Arriola, com base nos resultados das primeiras investigações. Ele esclareceu versões iniciais da polícia de que um motorista acompanhava o dirigente.
Belaúnde foi atacado próximo a uma residência familiar em Cerro Azul, perto da costa. O político informou à polícia que "não recebeu ameaças de extorsão ou de outro tipo", indicou Arriola.
O presidente do Júri Nacional de Eleições (JNE), Roberto Burneo, lamentou e condenou o atentado e fez um apelo ao Poder Executivo e ao Legislativo para que unam esforços a fim de priorizar a segurança do sistema eleitoral, dos candidatos e dos cidadãos.
O líder do Partido Liberdade Popular aspira à presidência nas eleições que serão realizadas em 12 de abril, entre um amplo grupo de pré-candidatos.
No momento, ele não figura entre os favoritos nas pesquisas lideradas pelo ex-prefeito de Lima Rafael López Aliaga e Keiko Fujimori, filha do falecido ex-presidente Alberto Fujimori, ambos de direita.
Rafael Belaúnde é neto do ex-presidente Fernando Belaúnde, que governou o Peru de 1963 a 1968 e de 1980 a 1985.
"É um início ruim de campanha. (...) É preciso rejeitar com firmeza este ataque a tiros sofrido pela manhã por Rafael Belaúnde", afirmou Cateriano. O dirigente enfatizou que o Peru está "lamentavelmente atravessando um contexto de atividade criminosa ativa".
Nos últimos anos, o Peru tem enfrentado uma onda de violência do crime organizado jamais vista no país.
Diversas gangues extorquem e assassinam quem resiste à chantagem, o que desencadeou protestos massivos liderados por jovens e setores de transportadores e comerciantes, que são os mais afetados.
O chefe do parlamento, o direitista José Jerí, assumiu o poder de forma interina até julho de 2026, quando tomará posse o novo presidente.

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