José Raymundo Martins Romeo faleceu aos 82 anos.Reprodução
Agregador, dirigiu por duas vezes a Universidade Federal Fluminense (UFF) a primeira ainda no regime militar 1982/1986, trouxe a Orquestra Sinfônica Nacional para a UFF, criou também o Quarteto de Cordas e o Conjunto de Música Antiga. Foi além, criando o DDC (Departamento de Difusão Cultural), iniciando um virtuoso ciclo de debates com personalidades do cenário nacional como o recém anistiado Luiz Carlos Prestes. Foi durante a sua gestão como reitor que se deu início à criação do Campus da Praia Vermelha. “A Universidade representa muito para mim. Foi onde exercitei um trabalho que eu acho de alta significação. Porque não se constrói uma sociedade sem conhecimento. E o conhecimento só tem uma origem: a universidade”.disse em depoimento ao site da UFF.
Em sua segunda passagem como Reitor da UFF (1990/1994), José Raymundo Martins Romeo consolidou a inserção da UFF no cenário internacional, criando novos institutos, investindo em pesquisa e extensão. Nessa época foi convidado a integrar o Conselho da Associação Internacional das Universidades e se tornou membro do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras. “Foi um marco e mudou muito o perfil da Universidade, em termos de qualificação e qualidade. Consolidação da pós-graduação e da pesquisa. Antes a universidade era ótima em ensino, mas com muito pouca relevância na pesquisa, existiam poucos contratos para financiamento em pesquisas”, relatou ele em depoimento à UFF.
Também exerceu o cargo de Secretário Municipal de Cultura, no Governo de Waldenir Bragança (1982/1988) e de Ciência e Tecnologia no último Governo de Jorge Roberto Silveira (2009/2012) tendo sido neste período o representante do município junto ao Conleste.
Em 2015 assumiu a presidência da Associação Pestalozzi de Niterói, devido ao afastamento para tratamento de saúde do então presidente Lizair de Moraes Guarino. Atravessou um difícil período, mas seu talento e espírito público e de agregar pessoas, conseguiu reerguer a instituição. Atualmente era presidente benemérito e tinha assento no Conselho Administrativo da casa.
Além de cultivar amigos por onde passava, era amante da natureza, orgulhava-se em plantar árvores e cultivar orquídeas, principalmente na fazenda da família que mantinha no município de Cruzeiro no estado de São Paulo, próximo a Aparecida do Norte.
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