A Oficina de Órtese e Prótese da Pestalozzi de Niterói atende hoje, em conjunto com o setor de reabilitação, 11 mil pacientes por ano.Divulgação

A Oficina de Órtese e Prótese da Pestalozzi de Niterói, ao completar 20 anos, atende hoje, em conjunto com o setor de reabilitação, 11 mil pacientes por ano, de 60 municípios fluminenses. Em 2022 forneceu mais de cinco mil produtos, entre eles cadeiras de rodas, andadores, muletas,
Inaugurada em 27 de maio de 2003, a Oficina de Órtese e Prótese da organização niteroiense se consolida como uma importante ferramenta de inclusão de pessoas com deficiência física e/ou intelectual na região Leste fluminense e do interior do Estado.
– É um resgate da autonomia e da qualidade de vida dessas pessoas que nascem com algum tipo de deficiência ou aquelas que ao longo da vida, perdem parte de membros, como pés e pernas, ou que necessitam de equipamentos para a sua locomoção – disse a fisioterapeuta Ana Paula Ferreira, coordenadora do setor.
A maioria dos pacientes atendidos pela Oficina de Órtese e Prótese chega à Pestalozzi através do Sistema Único de Saúde. São encaminhados pela central de regulação de seu município de origem.
– Atendemos a mais de 60 municípios do Estado, e poderíamos fazer mais entregas, caso a fonte de financiamento, que é o Ministério da Saúde, aumentasse os valores que nos são repassados. Estamos pleiteando agora um aditivo ao nosso contrato, que desde o início do ano está em análise na Prefeitura de Niterói, a responsável pelo repasse dos valores – relatou Jussara da Silva Freitas, presidente da Pestalozzi.
Ela lembra que quando foi criada, a Oficina fez parte de um projeto do Governo Federal de protetização de pessoas com deficiência e amputadas. Na época, o governo queria formar técnicos em protetização e a oficina da Pestalozzi foi criada como um laboratório para formação dessas equipes. A Faculdade Pestalozzi chegou a criar um curso de especialização em protetização, mas a proposta não vingou.
– Lembro que muitas de nossas crianças, à época, foram beneficiadas com a chegada da nossa oficina. Elas receberam cadeiras de rodas, palmilhas que corrigiam o seu caminhar e próteses de membros inferiores. Foi um aumento real da qualidade de vida e da autoestima delas – contou Jussara Freitas, que na ocasião estava à frente do Centro Experimental Helena Antipoff, a escola especializada da Pestalozzi.
Na esteira da criação da Oficina de Órtese e Prótese, a Pestalozzi criou um setor específico para atender pessoas amputadas. São vítimas de acidentes de trânsito, de crimes e de problemas de saúde, como diabetes, que perdem membros, geralmente inferiores, e que necessitam de uma readaptação em seu estilo de vida.
– Vimos na época que não bastava apenas oferecer o equipamento na oficina. Era necessário preparar o paciente para uma nova fase de vida. O setor de amputados atua com essa visão, tendo uma equipe interdisciplinar. Os profissionais atuam diretamente com o paciente com diferentes visões, acelerando a sua inclusão na vida social e, em muitos casos, no mercado de trabalho – afirmou Ana Paula.
A entidade prevê para 2023 ampliar o número de atendimentos e de entrega de produtos. “Nós entregamos sempre acima do que está estabelecido em nosso contrato. Isso é uma característica de instituições filantrópicas, como a Pestalozzi: dar sempre mais do que está estabelecido com o poder público. Estamos prontos para ampliar o número de atendimentos, pois sabemos que muita gente necessita de nossos serviços e do nosso trabalho”, conclui a presidente Jussara Freitas.