Festival Viva Sapatão: ação de conscientização lésbica na CantareiraDivulgação/COLE Niterói

Niterói – A próxima quarta-feira (30) será a data da 5ª Edição do Festival Viva Sapatão, que pretende empoderar as lésbicas para que elas possam se proteger de uma sociedade patriarcal distorcida. A cidade de Niterói instituiu o Dia Municipal da Visibilidade Lésbica por meio da Lei 3.395/2019, de autoria da então vereadora Verônica Lima (PT), hoje deputada estadual.
O evento foi criado para marcar o mês da Visibilidade Lésbica, pela Coletiva Feminista das Lésbicas e Bissexuais (COLE) de Niterói. De acordo com a organização, um dos objetivos do evento é fomentar a autonomia e apoiar a abertura de espaços de trabalho inclusivos. Para isso, a programação inclui, além de rodas de conversa e apresentações culturais, a Feira LésBi.
Para a coletiva de lésbicas da cidade, a ação é um grito pelo fim da violência. Segundo a primeira etapa do LesboCenso Nacional, realizada no ano passado, 79% das mulheres já sofreu algum tipo de lesbofobia. A maioria também relatou ter conhecidas que sofreram alguma violência por serem lésbicas.
"Lésbicas existem é uma afirmação positiva para alcançarmos direitos e o fim da lesbofobia. Nós vivenciamos a cidade e as políticas públicas com especificidades que não podem mais ser ignoradas. Queremos saúde integral e acolhedor no SUS, empregabilidade, queremos viver sem violência contra nossos corpos e nos nossos territórios", afirmam integrantes da coletiva.