Evento na Sala Nelson Pereira dos Santos: presença, entre outros, de Axel Grael, Rodrigo Neves e Verônica LimaLuciana Carneiro/Ascom
O chefe do executivo de Niterói destacou que a cidade deixou de ser o berço da indústria naval, o que gerou a perda de milhares de postos de trabalho. Axel Grael afirmou que, graças ao apoio da Prefeitura, o setor pode começar a vislumbrar a retomada econômica após a dragagem do Canal de São Lourenço, que vai aumentar a profundidade de 6 para 11 metros. Com isso, navios de grande porte poderão acessar novamente o local, o que vai estimular a indústria naval, a construção de embarcações, o segmento de offshore e toda a rede de serviços que envolve o setor.
O prefeito ressaltou que a Prefeitura vem avançando nos últimos anos em busca de iniciativas concretas para alavancar a Economia do Mar para gerar emprego e renda. "Estamos fazendo um esforço de formação. Temos um cluster naval que envolve toda uma cadeia produtiva de fornecedores e serviços. Precisamos fazer com que a cadeia produtiva seja retomada. Estamos fazendo nossa parte há uma década para o fortalecimento da indústria naval com as obras de dragagem. Sabemos da importância dessa obra. Foi um longo caminho. Fizemos estudo de impacto ambiental, sondagens e toda a parte burocrática. Em abril, começaremos efetivamente o trabalho de dragagem. Estamos conversando com o setor naval e buscando soluções para uma modelagem que dê a possibilidade de investimentos para que o Parque Naval de Niterói possa entrar na disputa para atrair a construção naval e todos os serviços afins para nossos estaleiros", disse Axel Grael.
A Prefeitura assumiu a obra de dragagem do Canal de São Lourenço, que seria de responsabilidade do Governo Federal, e lançou uma Parceria Público-Privada (PPP) para realizar a intervenção. O vencedor da licitação foi o consórcio formado pelas empresas DTA Engenharia Ltda e SK Infraestrutura Ltda, e terá investimento de cerca de R$ 138 milhões, por parte da Prefeitura de Niterói, e previsão de término em até 15 meses.
"Estávamos vivendo uma tragédia na área naval. Esse ato é de extrema importância. Não é possível que um país que tem uma Petrobras, que produz quase 5 milhões de barris de petróleo por dia, esteja contratando navios na China e Singapura. Não é aceitável que, nos últimos oito anos, a indústria naval esteja paralisada, ocasionando a perda de milhares de empregos diretos e indiretos. Foram 150 mil empregos perdidos na Indústria Naval e Comperj. Mas estamos lutando juntos e vamos conseguir retomar esse segmento. Temos profissionais e jovens qualificados. Não podemos admitir que essa situação continue", afirmou o ex-prefeito de Niterói e atual secretário Executivo, Rodrigo Neves.
DRAGAGEM DO CANAL DE SÃO LOURENÇO
A obra vai recuperar a profundidade do Canal de São Lourenço, que deve chegar até 11 metros. Desta forma, será possível a aproximação de embarcações de maior porte, o que vai proporcionar a revitalização do setor naval em Niterói.
Para garantir a execução das obras, a Prefeitura de Niterói custeou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) com um investimento de R$ 772 mil. O estudo foi entregue ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e, após a análise para liberação das licenças, os resultados foram apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) aos órgãos do Governo Federal.
Participaram ainda representando a Prefeitura os secretários de Desenvolvimento Econômico e Indústria Naval de Niterói, Luiz Paulino Moreira Leite; do Clima, Luciano Paes, além do presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Acierj), Igor Baldez, e parlamentares.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.