Renan Ferreirinha, secretário municipal de Educaçãodivulgação
Esperanças foram renovadas com a entrada da nova gestão do Ministério da Educação e as sinalizações de restabelecimento de prioridades adequadas. A cidade do Rio também passou por esse momento em 2021, início da atual gestão, quando, de forma planejada e coordenada com a Ciência, liderou a reabertura das escolas e o retorno às aulas presenciais, depois de um longo período de descaso político e social.
É nesse clima de reconstrução nacional que o Rio de Janeiro, a maior rede pública municipal de ensino da América Latina, inicia o ano letivo de 2023 nesta segunda-feira, com mais de 650 mil alunos de volta às salas de aula. Um Rio que, finalmente, espera trabalhar em permanente cooperação com a nova gestão federal para implantar políticas educacionais audaciosas, sempre tendo como norte a garantia de uma Educação cidadã, inclusiva e de qualidade para todos. Precisamos de um governo federal que realmente priorize a Educação, tenha dimensão de seu papel como articulador nacional e adote políticas municipalistas.
Os últimos anos, em especial os pandêmicos, deram contorno nítido à necessidade de estabelecer um regime de colaboração sólido. E o início do ano letivo para nós, cariocas, é mais do que o dever de cumprir o preceito constitucional de garantir acesso e aprendizagem em ambiente adequado para nossos alunos e educadores nas 1.547 escolas municipais. A volta às aulas deste ano apresenta uma nova chance - depois de tantas perdidas - de fortalecimento da parceria entre escolas e famílias, entre educadores e pais. Parceria fundamental para uma Educação de qualidade.
A volta às aulas é um momento de celebração, em que famílias orgulhosas e esperançosas confiam seus filhos ao sistema de ensino da cidade. O encanto do dia não deve, no entanto, ofuscar o tamanho da responsabilidade que as redes de ensino carregam, em particular no período pós-pandêmico, em que as desigualdades se ampliaram e a aprendizagem foi severamente comprometida. Tão importante quanto olhar para trás e ver o que foi realizado é reconhecer que ainda falta muito a ser feito.
Apesar desse cenário desafiador, a cidade do Rio se preparou para o ano. Foram elaboradas políticas de recomposição de aprendizagem, alfabetização na idade certa, expansão do ensino integral, conectividade adequada, entre outras. A cidade está pronta para receber os cariocas do presente e do futuro.
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