Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação
Ocorre que os tempos são outros e o exercício de altas funções públicas pede mais do que a lealdade ou afinidade no projeto político. É preciso saber operar a máquina administrativa e ter atenção à transparência, à correção e à eficiência.
Estes dois meses de governo mostram que a eficiência na construção política da equipe não foi acompanhada pelos membros escolhidos. Muitas controvérsias, desencontros, debitando ao presidente culpas que ele não tem, além das escolhas feitas.
Lula conhece os políticos, os partidos, pode sugerir nomes mais capacitados, mais respeitados, em melhores condições de somar a seus esforços, para acertar. Os resultados não são promissores, o tempo passa e não poderá ficar o tempo todo culpando o governo anterior e o Banco Central.
pode custar caro.
O Lula pragmático, experiente, tem de superar o emocionalismo ideológico. Não tem sentido, amparo ético e nem legal insistir em ajudar países que fizeram a opção pelo erro quando temos muito a fazer aqui dentro. Não é momento de o Brasil fazer figura lá fora. Tem de acertar na ordem e no progresso.
Mesmo na esfera mais à esquerda, existem quadros realistas, responsáveis, que não se aventuram em projetos arriscados. Conter o oba-oba e esta história de demonizar ricos, produtores e geradores de empregos se faz necessário.
Lula, até pelo que disse, deve priorizar resultados e não o aplauso fácil de seus cortesãos. O tempo o julgará com base nos resultados na melhora da qualidade de vida do povo brasileiro. Falar demais, entrar em polêmicas pode custar caro a todo mundo. Bolsonaro que o diga!
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