Como vice-governador, Thiago Pampolha voltará ao comando da Secretaria de Ambiente e SustentabilidadeDivulgação

O período dos primeiros 100 dias de um governo é visto como um rito, o momento para avaliar a gestão. O prazo serve para reforçar aonde queremos chegar e o que precisa ser feito. E, se o caminho para o alcance dos objetivos está correto. Estar ao lado do governador Cláudio Castro nesta missão é orgulho, sobretudo, compromisso. Definir prioridades e estimular um governo fértil, porém rigoroso em sua administração de gastos e aplicação de recursos, exige esforço diário. E não podemos esquecer que o crescimento do nosso estado anda de mãos dadas com a Agenda Ambiental.
Se fosse possível representar estes 100 dias em cores, diria que verde e azul são os tons deste marco. O Rio de Janeiro tem uma posição privilegiada e vem se adaptando em diversas frentes à Agenda 2030 da ONU, incorporando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em suas políticas públicas, planejamentos e diretrizes orçamentárias. Os avanços já são concretos.
Para mostrar que o meio ambiente é uma prioridade na nossa gestão, assinamos o Decreto de Logística Reversa. Com o documento, estabelecemos normas para viabilizar a destinação adequada do lixo no setor empresarial e pelos municípios, com regras para os cuidados com agrotóxicos, pilhas, baterias, entre outros. E ainda focamos no aproveitamento de materiais e no fortalecimento da cadeia da reciclagem, associada à inclusão social e à emancipação econômica de catadores.
Em relação à geração de renda e oportunidade de negócios, pilares defendidos pelo nosso governo, vale registrar a premiada iniciativa de reciclagem de latas de alumínio, que realizamos no Carnaval em conjunto com a Liesa e a Fecomércio. O projeto rendeu ao Estado um título para o Guinness Book: a maior ação deste tipo do mundo. O prêmio, que antes pertencia à cidade de Praga, era de 100 kg de materiais coletados em uma semana. Com o nosso esforço, cerca de sete toneladas de latinhas foram recolhidas na Marquês de Sapucaí, durante os quatro dias de desfile das escolas de samba.
Na vanguarda do mercado do carbono, estamos trabalhando para promover e incentivar a Economia Verde com a criação de uma Plataforma de Ativos Sustentáveis. Isso significa que o Rio vai abrigar um hub de negociações no Brasil e na América Latina, focado na compra e venda de créditos de carbono e outros ativos sustentáveis, fazendo a economia circular de modo integrado com o mercado internacional e de maneira responsável com o meio ambiente.
E, para finalizar, não poderia deixar de citar um dos maiores desafios do Estado, há muitos anos, na área ambiental: a gestão dos resíduos sólidos na Baía de Guanabara. Estamos todos trabalhando para que, até 2033, ela esteja balneável e potencializando o desenvolvimento da Economia Azul. Graças à concessão dos serviços de saneamento, colocamos o maior projeto socioambiental da América Latina em curso. A iniciativa prevê que as concessionárias invistam cerca de R$ 6 bilhões em projetos de despoluição, que também vão beneficiar o Rio Guandu e o Complexo Lagunar de Jacarepaguá.
Os resultados já começaram a aparecer, com a presença e renascimento da fauna marinha e resultados positivos para balneabilidade de praias, antes impróprias. Em consonância à proposta de despoluição, ecobarreiras estão sendo instaladas em pontos estratégicos de rios que desaguam na Baía de Guanabara para reter até 1200 toneladas de resíduos flutuantes por mês. Em um ano, teremos retirado 20 piscinas olímpicas das nossas águas.
Nesse primeiro momento, entre ações e metas, o saldo é de avanço. Sabemos, claro, que é preciso e possível melhorar ainda mais. Com trabalho e diálogo, a experimentação cede lugar à experiência e conquistas vão sendo implementadas. Com base na Agenda 2030, vamos estrategicamente direcionando as práticas econômicas de produção, envolvendo e estimulando a responsabilidade compartilhada da sociedade civil, setor privado, academia, setor público e organismos internacionais, de modo a respeitar a dignidade da população fluminense e a conservação dos equilíbrios ecossistêmicos. Vamos em frente, rumo aos quatro anos!
Thiago Pampolha é vice-governador e secretário de estadual do Ambiente e Sustentabilidade