Aristóteles Drummond, colunista do DIADivulgação
O mais significativo foi a morte trágica de Getúlio Vargas, alvo de uma inacreditável campanha de calúnias, falsidades, que pelo talento de um grande ator, Carlos Lacerda, empolgou setores influentes e a própria opinião pública para o cruel cerco que levou ao gesto extremo. O líder da oposição, Afonso Arinos, que pronunciou um dos mais violentos discursos do Congresso, anos depois, confessou arrependimento
pelo que disse. O "mar de lama", alegado pela oposição, simplesmente não existiu.
Foi ainda em agosto que o Brasil se viu privado de uma liderança do bem, JK, que, aos 73 anos, ainda teria o que colaborar para o país. Mesmo que fora da política, por imposição legal, era voz respeitada, sem ódio, ressentimentos, mágoas. Sofreu, mas sempre amou o Brasil. Mais uns anos teria voltado a um mandato para ajudar o país.
E, por fim, em 2016, o impedimento da presidente Dilma, interrompendo catastrófica gestão. Ela, que não diz coisa com coisa, continua prestigiada pelos companheiros dos tempos da "luta armada" e até ganhou cargo no exterior.
A conclusão é que se deve tomar cuidado nas campanhas que podem ser alimentadas por sentimentos menores, revanchismo, preconceito. Também não se deve confiar em fenômenos eleitorais, lideranças improvisadas, sem história, cultura e grupo político sério.
E, por fim, o exemplo de JK de que se pode ser democrata, realizador, honesto, cordial e popular. Homem do bem, sem ódio no coração.
O povo acertou com Getúlio e com JK, mas precisa tomar cuidado para não entrar em aventuras nem se deixar iludir pelos que passaram pelo governo por anos e nada fizeram além de marcas negativas. Liderança popular nem sempre ajuda o povo.
O Brasil merece gente melhor de volta ao cenário político!
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