Thiago Pampolha. Secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e vice-governador do Rio de JaneiroDivulgação
Recentemente, fechamos lixões de municípios como Miracema, Bom Jesus de Itabapoana e Porciúncula, no Noroeste do estado. Também o de Teresópolis, na Serra. E isso envolveu mobilização, principalmente, dos municípios e recursos do Estado. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos preconiza o encerramento desses vazadouros até o fim de 2024 e o foco, dentro do novo momento ambiental em que vivemos, é cumprir a meta fechando outros seis lixões que precisam ter seus materiais despejados adequadamente.
Lançado em maio, o Programa Estadual de Gestão de Resíduos Integrada e Desenvolvimento Sustentável (PROGRIDE) é o instrumento do Governo do Estado que incentiva o fim desse tipo de descarte ultrapassado, nocivo à saúde pública e ao ecossistema. Estamos falando de um nível mais elevado de gestão ambiental, que extrapola o controle dos danos. Faz-se um convênio com as cidades e o Estado custeia parte do valor gasto com a disposição dos resíduos em aterros sanitários licenciados. O município deve promover o diagnóstico da área e seguir com a minimização dos prejuízos. A contrapartida com o Estado é cumprir os requisitos do Marco do Saneamento, como universalização dos serviços e implantação do sistema de recuperação de custos.
De acordo com o Banco Mundial, que alerta sobre os desafios crescentes da gestão dos resíduos, a produção global de lixo está projetada para atingir a alarmante marca de 3,4 bilhões de toneladas anuais até 2050. No RJ, a população gera cerca de 6,5 milhões de toneladas por ano de resíduos urbanos, com média de geração de 1,2 kg/hab/dia. São dados assustadores, que apontam a importância da prioridade de um plano para os anos futuros: um trabalho envolvendo cooperativas de catadores, empresários e indústrias.
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