Rosangela Gomes. Secretária Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos HumanosDivulgação

Nos últimos anos, o Brasil de uma maneira geral e o Estado do Rio, em particular, assistiram ao agravamento da situação alimentar de sua população. Segundo dados do II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 no Brasil (II VIGISAN), produzido pela Rede PENSSAN, existem hoje cerca de 33 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave, ou seja, que não têm o que comer todo santo dia. No Estado do Rio, o problema atinge quase três milhões de pessoas, ou seja, 16% de sua população.
Tal panorama, que já vinha se deteriorando desde 2016, com processos de mudanças de políticas federais brasileiras em vários setores no período recente, tornou-se ainda mais assustador no período pós-pandemia da Covid-19, com o corte de vagas de emprego, a recessão e a piora dos índices econômicos.
Daí a importância de todos se engajarem – e o mais rapidamente possível: governos, empresários e sociedade civil, para o enfrentamento dessa chaga. Aqui no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, algumas iniciativas neste sentido vêm sendo feitas pelo governo. E três delas, como o Restaurante do Povo, o RJ Alimenta e o Café do Trabalhador, todas gerenciadas pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, merecem louvor.
O Estado do Rio conta atualmente com dez restaurantes populares. Neles, diariamente são ofertadas cerca de 23 mil refeições a preços subsidiados pelo Estado. Todas elas elaboradas com base no Guia Alimentar para a População Brasileira, sendo composta por: salada, proteína, arroz, feijão, guarnição, bebida, sobremesa e suco. São duas toneladas e meia de alimentos utilizadas, segundo o governo, de segunda a sexta-feira, no preparo dos cardápios.
O Café do Trabalhador é oferecido, ao preço de R$ 0,50, em 43 pontos do Estado do Rio. No kit, há sempre uma bebida quente, pão com manteiga e uma fruta. Já o RJ Alimenta leva, de maneira gratuita, café da manhã, almoço e sopa em sistema de quentinhas. Existem hoje seis polos deste tipo de serviço em todo o estado.
Claro está que o flagelo da fome não será superado apenas com iniciativas como essas aqui elencadas. A economia precisa reagir urgentemente, a geração de novos postos de trabalho é imperativa, a distribuição de renda se faz necessária mais do que nunca. Mas não deixa de trazer um alento sabermos que no Estado do Rio há programas que visam a aplacar a fome principalmente daqueles que pouco ou nada têm.
Rosangela Gomes
Secretária Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos