Andréa Ladislau é psicanalistaDivulgação
População essa que tenta manter o equilíbrio físico e mental, driblando o aumento dos casos de depressão e transtornos em geral, além de ser bombardeada a cada segundo com novidades tecnológicas, como a inteligência artificial (IA), que, de forma rápida e intuitiva, realiza atividades jamais imaginadas pelo homem.
Essa realidade tem sido um dos desafios atuais da sociedade. Como aumentar o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, trabalhadores, empreendedores e, consequentemente, a produtividade das empresas sem perder a essência? Sem perder o equilíbrio?
Se faz urgente voltar o olhar para a definição do propósito de vida, da saúde mental, do bem-estar pessoal em detrimento das inúmeras pressões sofridas pela velocidade do mundo, frente às inovações tecnológicas e novas adaptações sociais.
O mais importante é conciliar tudo isso com a inteligência emocional, desenvolver o encontro com o seu próprio limite em um mundo sem limites, onde somos testados a cada momento, a controlar e manter uma saúde mental equilibrada, através da condução de uma rotina menos estressante.
Bem verdade que não podemos negar os impactos na saúde que os profissionais sofrem para darem conta de suas múltiplas tarefas nos tempos atuais. No entanto, a linha tênue da inteligência emocional está em entender que comprometer-se e se engajar corporativamente é muito diferente de se encharcar de afazeres, se matar de trabalhar e, no fim, perder a saúde e o equilíbrio, gerando e desenvolvendo transtornos e neuroses psicológicas severas. Visto que somos o país mais ansioso do mundo e o mais depressivo da América Latina.
É urgente a necessidade de desmistificar a saúde mental e valorizar a inteligência emocional. Trabalhar a qualidade de vida e a saúde individualizada para um alto rendimento profissional é importante em qualquer ocupação. As doenças mentais e psicológicas devem ser acolhidas e tratadas em busca de uma melhor performance mental e cerebral.
Até porque podemos ser muito mais eficientes se começarmos a entender e saber lidar com nossas emoções, elevando a autoconsciência, gerenciando humor, manejando os relacionamentos e promovendo a automotivação e a empatia.
Enfim, diante de todas essas constatações, não se pode fugir de uma verdade: sem sombra de dúvidas, as emoções impactam diretamente na performance, nas relações e na produtividade do ser humano.
O estresse, a depressão e a desmotivação impedem o indivíduo de ser produtivo e criativo, limitando sua atuação e comprometendo seus relacionamentos. Por isso, sabendo gerenciar as emoções e trabalhando sua inteligência emocional, até mesmo os sentimentos destrutivos, como a raiva, por exemplo, podem ser utilizados positivamente, auxiliando e impulsionando as atividades, além de potencializar força e habilidade para a realização dos desejos e das tomadas de decisões mais assertivas.
Já que, sabendo utilizar e canalizar as emoções com sabedoria, poderemos analisar com mais consciência os aspectos desafiantes aos quais somos confrontados diariamente, harmonizando inteligência artificial e novas descobertas tecnológicas, vida acelerada e saúde mental.
Andréa Ladislau
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.