Serão 270 km de recuperação de pavimento do acostamento ao longo da rodovia Rio-Santos a obra teve início em Paraty Divulgação/CCRRioSP

Costa Verde - A CCR RioSP iniciou por Paraty /RJ a aplicação de material sustentável na recuperação de pavimento do acostamento da rodovia Rio-Santos. A concessionária está reaproveitando o material fresado - que é o subproduto resultante das atividades de manutenção do pavimento - utilizado em mais de 280 km de faixas de rodovia realizados pela CCR RioSP durante o primeiro ano de concessão na recuperação da rodovia.
A primeira aplicação aconteceu em um trecho de 1km, entre os km 560 e 561. Porém, a melhoria irá se estender por toda extensão da Rio-Santos. “Sabendo da necessidade de preencher o acostamento e do grande volume de material fresado, iniciamos um estudo no nosso Centro de Pesquisas Rodoviárias (CPR), em Santa Isabel (SP), para otimizar a solução prevista inicialmente para preenchimento de acostamento. Buscamos mistura asfáltica que possibilitasse o reaproveitamento do maior volume possível do material fresado, contribuindo com as metas de sustentabilidade do Grupo CCR”, explica Hamilton Cezar Gaspar Filho, Coordenador de Engenharia e Obras da CCR RioSP.
A concessionária prevê utilizar 20 mil metros cúbicos de material fresado. Esse material está estocado em depósitos licenciados instalados às margens da rodovia. Em Mangaratiba o armazenamento trouxe uma discussão para os órgãos ambientais do município que notificaram e multaram a empresa caso não atendesse todo o procedimento de estocagem. O embargo, ocorrido em junho, foi praticado após uma vistoria técnica das equipes de fiscalização ambiental da SMMA e do Grupamento de Proteção Ambiental da Guarda Municipal que constataram que os resíduos armazenados no depósito da CCR continham características asfálticas de natureza poluente, além de estarem alocados a apenas 7 metros de rios e de áreas de mangue. De acordo com a legislação ambiental vigente, a área mínima permitida para este tipo de armazenamento é de 50 metros.
Benefícios para o meio ambiente
O coordenador de Engenharia e Obras da concessionária explica que “em termos ambientais e de ESG (Environmental, Social and Governance), o reaproveitamento do material fresado traz diversas vantagens, entre elas a reutilização dos agregados do pavimento degradado, diminuindo a demanda de novos materiais, preservando o meio ambiente, diminuindo a exploração de jazidas e a geração de resíduos passivos. O emprego dessa técnica, além de reaproveitar, não gera novos resíduos da construção civil, tornando a manutenção dos pavimentos mais sustentável”.
Segundo a CCR este trabalho estava previsto para iniciar somente em 2025, mas foi adiantado para esse ano, por conta da quantidade de material estocado. A previsão de conclusão do serviço ao longo dos 270 km da Rio-Santos é junho de 2024.
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